Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)
SAUDADE PETISTA. Não se fala noutra coisa, desde quarta-feira (4). No dia anterior, na sessão plenária, o petista Valdir Oliveira afirmou que o governo Rodrigo Decimo “deixou de lado a prática do diálogo”. Oliveira comentou que “na época do Jorge Pozzobom”, quando havia necessidade de aprovação de projeto de interesse da gestão tucana, o próprio prefeito ia à Câmara para apresentar a proposta aos 21 vereadores.
O edil do PT recordou que Pozzobom – muitas vezes, acompanhado de secretários de município – buscava o Parlamento para mostrar o teor e o quão necessário seria aprovar tal matéria. Valdir Oliveira sustenta que não há “nem de perto” essa prática por parte do governo Decimo. Talvez, segundo ele, porque o governo acredita que tenha maioria para “aprovar tudo do dia para a noite”. É. Pode ser. Talvez seja.
APARTE ESTRATÉGICO. Quem acompanha as sessões do Legislativo, seja das galerias ou pela TV Câmara ou pelo YouTube, pode perceber que há um recurso que os vereadores fazem uso durante os discursos. Trata-se do “aparte” para interromper a fala de outro colega com o objetivo de fazer uma breve observação, comentário ou pergunta.
Grande parte dos parlamentares faz uso da prática. Quase sem exceção. No entanto, um que se utiliza do artifício “sessão sim, sessão também”, é Tubias Callil, do PL. Ele tem criado “gatilhos” de discussões entre os vereadores. Aliás, é neste momento que, muitas vezes, os embates começam e vão sessões adentro. Pooois é.
Luneta
AGENDA ELEITORAL
No meio desta semana, aconteceu reunião da Executiva Municipal do MDB. Entre as várias decisões tomadas, uma incluiu a discussão sobre estratégias eleitorais para 2026. Como uma definição concreta, foram, nas palavras do presidente Igor Alves Severo, “traçados planos para reforçar e ampliar o apoio às pré-candidaturas santa-marienses de Beto Fantinel a deputado estadual e de Rudys Rodrigues a federal”.
AGENDA ELEITORAL II
Que se diga: há um esforço notável buscando valorizar os nomes locais. Mas é bom que se diga: com absoluta certeza, forasteiros emedebistas tentarão (e é legítimo) furar esse bloqueio e buscarão também espaço no coração dos eleitores santa-marienses. É uma tarefa e tanto dos dirigentes para, sem impedir (o que não seria democrático), minorar o efeito nefasto sobre os candidatos da cidade.
ALTAS APOSTAS
A atuação de Giuseppe Riesgo, do Novo, na Secretaria Municipal de Parcerias da Capital tem elevado as apostas político-eleitorais do santa-mariense. Além de eventual candidatura a deputado federal, com o objetivo de elevar as chances do partido no pleito de 2026, há quem especule até mesmo sua presença em chapa majoritária, inclusive como candidato a vice-governador num acordo de “centro-direita”.
ALTAS APOSTAS II
Se o ex-deputado estadual e ex-candidato a prefeito está em alta no Novo, a agremiação que o abriga desde sempre, e sempre lembrando que correr riscos faz parte da própria vocação dos melhores políticos, o fato é que Santa Maria (leia-se admiradores locais do pensamento de Giuseppe Riesgo) talvez não esteja assim tão feliz. Afinal, ele trocaria uma possível vitória para a Assembleia por uma derrota “honrosa”.
PARA FECHAR!
Não faltam temas locais para debate pelos vereadores, no discurso e na prática. Depois de (pelo menos) duas Legislaturas em que isso se perdeu, finalmente parece que o Legislativo santa-mariense se volta para a cidade. Sim, há discussões, algumas acerbas e até fora do tom, mas o fato é que os assuntos têm tudo a ver com Santa Maria. É a função dos edis. E está sendo cumprida.